segunda-feira, 2 de julho de 2007

25 de junho a 01 de julho de 2007

Nessa semana fomos ao Showlivre.com.br gravar um programa. Lá já parece nossa casa, tem mexerica no quintal e gente conhecida do lado de dentro. O Clemente é um cara sempre bem-humorado, e é legal tocar lá.

Também gravamos o Nickers, na Nickelodeon, e bom, não é preciso procurar muito para ver meus segundos de fama e vergonha no veículo mais próximo de você. Mas o importante foi tocar um pouquinho ao vivo, que é sempre legal, e encontrar com a Bianca do Leela em uma função bem diferente.

Temos ensaiado de uma maneira especial para shows futuros, só nós quatro, sem o querido Fabio. É para nos preparar para ocasiões em que estaremos só nós: um desafio interessante.

Também estamos terminando o cenário novo para os shows.

Aqui nos foninhos, vou escutando Arthur Joly, Bjork, Paul McCartney of Liverpool e uma porção dessas bandas novas que tem por aí.

(Desde que me apaixonei por Strokes, há alguns anos atrás, e na semana seguinte já tinha jornalista dizendo que aquilo já era, peguei uma birra de ficar indo atrás de bandinhas-novidade. Mas dei uma buscada essa semana, e estou repleto de Arctic Monkeys, Raconteurs e LCD Soundsystems da vida para ouvir. Vou ouvindo e alternando com algum disco velho do George ou do Bob Dylan, pra contrabalancear e garantir que nessa canoa não entre água).

Vez ou outra, o bom mesmo é ver o Bjorn Borg jogar contra o John McEnroe em Wimbledon. Aí sim. Aí nem Sharapova.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

18 a 24 de junho de 2007

Começou uma rotina de dar entrevistas a revistas, jornais e programas de TV. Na segunda fomos ao Jornal da MTV, na terça conversamos com a Rolling Stone, e na quinta fomos ao PlayTV falar e jogar videogame. Nesse meio tempo, falamos com alguns jornais e sites também.

É curioso porque as primeiras perguntas que a gente responde são mais difíceis, algumas vezes você nunca nem pensou sobre aquilo, precisa elaborar de bate-pronto uma resposta coerente e interessante. Nas entrevistas seguintes, o desafio é não se repetir, é não ficar dando respostas prontas, é dar sempre alguma nova pitada numa informação repetida. Acredito que boa parte da qualidade de uma entrevista é pura responsabilidade do entrevistado. Até perguntas estúpidas merecem respostas boas.

Começamos também a montar um cenário novo para nosso show nesse final de semana. Já tínhamos elaborado um apenas para o show de lançamento, mas estamos tentando completar a idéia. O legal é trabalharmos nós mesmos nele, bem ao espírito desse disco. Nossa energia estará em torno de tudo.

Não fui a nenhuma festa junina, que decepção. Minha desculpa para deixar crescer o bigode e lambuzá-lo de canjica, e eu deixo passar. Tsc, tsc...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

11 a 17 de junho de 2007

Semana dos namorados. Sou muito romântico, mas não comemoro o dia dos namorados. Pode parecer desculpa para não ter que comprar presentes, mas prefiro dar e receber presentes sem data marcada, sem obrigação. Tem funcionado há alguns anos.

A data mais importante dessa semana para mim foi o dia 13.
Foi quando aconteceu o show de lançamento do novo disco do Ludov, que se chama Disco Paralelo, produzido pelo Chico Neves, gravado no Rio... enfim, a essas alturas você já deve ter ouvido falar desse nosso novo trabalho.

Não me dei conta do meu nervosismo até mais ou menos 13 segundos antes do show começar. Antes disso, eu brincava no camarim, me entretia com os comes e bebes e com as novas palhetas personalizadas da banda. Mas ao subir no palco do teatro do SESC Pompéia, eu já estava meio paralisado. As primeiras músicas custaram a sair, meus dedos rijos tentando traçar linhas coerentes nos braços dos instrumentos, meus olhos bem baixos com medo de olhar a platéia tão familiar e tão intimidadora. Não consegui nem aproveitar totalmente a delícia que foi ver o Machado e o Olivier, do Firebug, no mesmo palco que a gente. Do meio em diante as coisas foram melhorando, e a participação do Edgard Scandurra veio para iluminar tudo.

Abre parênteses. Passeio com a minha cachorra um mês antes, pelas ruas aqui do bairro, preocupado com o lançamento vindouro do disco, e com convidados especiais para o evento. Como às vezes ocorre à minha pequenina cadela, eis que de repente ela pensa que é bem maior do que realmente é e passa a perseguir um golden retriever no mínimo quatro vezes seu tamanho. Consegue abordá-lo de uma forma um pouco rude, e o dono do outro cachorro, com toda razão, se incomoda. Seria apenas mais um de tantos encontros caninos na minha vida, com sua etiqueta própria - ou a falta dela de minha parte, não fosse o dono do golden ninguém menos que o próprio Edgard Scandurra, o nosso convidado perfeito. Minha cachorra é também minha relações-públicas. Fecha parênteses.

Cantando Delírio no palco do SESC, já estou completamente entregue às intervenções magníficas do Edgard na guitarra, e me emociono com o talento e a sensibilidade desse grande músico.

(Flashback do dia em que ganhei de aniversário o LP de Vivendo e Não Aprendendo, meu irmão me ensinando como dançar Dias de Luta para não fazer feio na festinha mais tarde.)

Daí em diante foi tudo nebuloso, e vi muita gente vir falar comigo depois do show, fomos a um bar comemorar, voltei pra casa, escovei os dentes, deitei na cama. No dia seguinte, uma ressaca fenomenal pairava sobre minha cabeça, batia nas paredes, ecoava e voltava. Não tomei nem três copos na noite anterior, mas semanas de antecipacão e ansiedade caíram como bigornas sobre meu corpo enfraquecido, tomando a forma de uma gripe que me ameaçou pelos dias seguintes.